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Por que Rádio de Ondas Curtas ?

A Importância da Informação nas Ondas Curtas
Influencia das emissoras internacionais na educação dos ouvintes brasileiros - por Antonio Argolo

Observatório da Imprensa - Dossiê Rádio
Perfil de Ouvintes de Ondas Curtas - por HCJB


A Importância da Informação nas Ondas Curtas

Em época recente, o mundo era dominado por ideologias e sistemas sociais conflitantes, o debate sobre os deméritos relativos de cada um era comum. Antes da derrocada formal do sistema soviético, o capitalismo, o socialismo, o comunismo, o anti-imperialismo e o anticomunismo estavam a favor ou contra algum aspecto conhecido da realidade. Este confronto dominou a política e o discurso no mundo, sendo que o rádio em ondas curtas torna mais difícil institucionalizar a rotina de desinformação ou não-informação que prevalece hoje : quanto menos você souber, mais facilmente será manipulado pelos meios de comunicação de massa.

Com o novo cenário geopolítico Europeu e estando o mundo em novo estado de guerra, a informação volta a ter importância vital para a compreensão do que acontece à nossa volta. Sob este prisma - o olhar crítico de alguém que tenta buscar a verdade dos fatos e a compreensão ampla dos eventos mundiais, o conhecimento de outras culturas e sociedades - ressalto a importância do rádio através das ondas curtas.


O tradicional rádio Transglobe da década de 70 e um moderno receptor portátil digital da Sony

Dentro do atual contexto político mundial, onde apesar dos avanços tecnológicos alcançados em relação a telecomunicações e tecnologia de informação, a concentração de renda é cada vez mais pronunciada; e o rádio continua sendo a mídia de maior penetração tanto regional quanto mundial assim como a apresenta a melhor relação custo x beneficio. Também, temos que prover atenção em especial à nova ordem política mundial, pós guerra fria. As questões geopolíticas não mais se restringem a dois blocos, e sim, observamos diversos movimentos separatistas em marcha ao longo do mundo, assim como o agravamento dos conflitos no Oriente Médio e a  reconstrução dos países recém formados na península Balcânica. Infelizmente, o mundo torna-se mais complexo e mais tenso, à medida que interesses puramente econômicos e conseqüentemente imperialistas começam a instituir novas formas de terror, através da manipulação da mídia, da proliferação inconseqüente de intervenções militares e de políticas unilaterais surrealistas.

Dentro deste contexto, o rádio assume um papel de destaque, uma fonte importante de informação para o correto entendimento dos eventos em curso no mundo. A presença cada vez mais forte no cenário econômico mundial da China - apresentado pela Radio Internacional da China; a transição do sistema político na Romênia - apresentado pela Radio Romênia Internacional; a reestruturação do Iugoslávia - apresentada pelas emissoras das suas ex-republicas; os preceitos do Islã - transmitidos em diversos idiomas pela Rádio Voz da Republica Islâmica do Irã, as dificuldades e virtudes da sociedade cubana - apresentado pela Rádio Havana Cuba; são enfim apenas alguns exemplos vivos de fontes de informação, cultura, entretenimento e compreensão da diversificação que nos cerca.

Aliás, é fato que no mundo o rádio de Ondas Curtas está em expansão, porém, impulsionado principalmente pela proliferação de emissoras de interesse religioso, ávidas por aumentarem sua base de fiéis a suas crendices, ampliando suas fontes de receita ou aumentando sua influencia política. Se observarmos a grande e rápida penetração desta mídia assim como seu baixo custo para os ouvintes, podermos afirmar com segurança que o rádio está enfrentando uma nova onda de expansão como fonte para seitas e religiões em geral.

Atualmente no Brasil, verifica-se uma tendência de extinção das emissoras regionais que tradicionalmente prestavam serviços de interesse público, divulgando noticiários locais, cultura da região e integrando pessoas, através da venda ou aluguel dos transmissores que passam a transmitir em rede programas de diversas seitas religiosas em atuação no Brasil.  Este fenômeno também ocorre nas Ondas Médias ( AM ) com igual intensidade, limitando cada vez mais a opção de programação cultural e de relevância para a sociedade brasileira nas ondas do rádio, e por conseqüência, utilizando o espectro de freqüências disponíveis de forma anômala.

Influencia das emissoras internacionais na educação dos ouvintes brasileiros

O acadêmico Antonio Argolo de Jequié na Bahia, desenvolveu um trabalho de pesquisa para entender como as emissoras internacionais em ondas curtas influenciam as opiniões e formação dos ouvintes brasileiros. Através  em depoimentos de ouvintes tradicionais de ondas curtas, e associados do DX Clube do Brasil, Antonio Argolo traçou o perfil dos ouvintes e destaca a importância deste meio de comunicação, ainda com presença relevante nos tempos atuais.

Pesquisador da radiodifusão internacional graduado em Pedagogia na Universidade Estadual do Sudeste da Bahia- UESB - ANTONIO ARGOLO SILVA NETO pode ser contatado através do e-mail: dxargolo@hotmail.com

Leia o resumo do trabalho de Antonio Argolo (formato PDF - 485kbytes)

Observatório da Imprensa

O texto abaixo foi extraído da matéria do Jornalista Alberto Dines e retrata a potencialidade do rádio no mundo atual em contraste direto com as ações de Goebbles, o Ministro da Propaganda de Hitler em 1933. As vantagens do rádio aqui retratadas se aplicam a todas as faixas de radio difusão, com ênfase às ondas curtas, devido ao seu alcance mundial.

 Leia na íntegra o texto abaixo.

 

Dossiê Rádio


Goebbels estava certo, o rádio é imbatível

Em 1933, quando Hitler conquistou o poder na Alemanha, nomeou seu amigo e parceiro, Joseph Goebbels, ministro da Propaganda. Sua primeira providência foi considerar o rádio como prioridade absoluta (ao contrário dos comunistas, que, ao tomar o poder na Rússia, preferiram os jornais e o cinema). Goebbels assumiu o controle do conteúdo e o comando da própria indústria de receptores. Resultado: os quatro milhões de ouvintes em 1933 saltaram em apenas um ano para 29 milhões e para 97 milhões em 1939, quando começou a 2ª Guerra Mundial (1). Apesar da TV, o rádio continua imbatível tanto no mundo desenvolvido como nos países em desenvolvimento.

Porque:

1. É absolutamente portátil e integra os equipamentos de 99% dos automóveis.
2. Tem preço irrisório.
3. Veicula informações simultâneas ao acontecimento.
4. Prescinde de alfabetização por parte dos ouvintes.
5. Foi interativo antes mesmo de inventado o conceito.

Absolutamente acessível, fornece informações ao longo das 24 horas e dispensa complicadas aparelhagens - a partir de um celular ou telefone público pode o radialista chegar a milhões de ouvintes.

Este poder de penetração doméstica confere-lhe a capacidade única de mobilizar as audiências para mensagens simplistas e emocionais. Não é por acaso que grandes contingentes de telespectadores das camadas populares preferem acompanhar as transmissões desportivas com o som do rádio - a narração é mais explícita, envolvente e mobilizadora. É o medium de massas por excelência. No Brasil (pelas distâncias, analfabetismo e pouco hábito de leitura), assume-se como o veículo-padrão. Não obstante, escassamente estudado, avaliado e aproveitado para a causa da qualificação cultural.

(...)

Alberto Dines, jornalista

Perfil de Ouvintes de Ondas Curtas - por HCJB

O trabalho abaixo foi produzido pela Rádio HCJB A Voz dos Andes, de Quito, Equador. Está disponibilizado no seu sitio na Internet e demonstra estatísticas fidedignas sobre a utilização de rádios de ondas curtas e traça o perfil dos ouvintes ao redor do mundo.    É importante ressaltar entretanto, que é fato sim o aumento no uso das ondas curtas, porém, grande parte desta expansão está relacionado ao uso desta faixa de freqüência por emissoras de cunho religioso. Por ser uma mídia de grande penetração regional e mundial, cada vez mais grupos religiosos a utilizam para divulgar suas crenças. 

É necessário registrar que algumas emissoras internacionais que transmitem em português para o Brasil, assim como a Rádio Aparecida e Transmundial - ambas em São Paulo - são religiosas, porém, abrem espaço para a transmissão de noticiários, programas culturais e em especial, prestam serviço à divulgação da prática da rádio escuta através de programas especializados em DXismo. A Rádio Cristiana, a HCJB, Rádio Transmundial e Aparecida - todas religiosas - apresentam programas especializados a este hobby.

  Acesse o sítio da HCJB, que produziu este trabalho.

 

 

Por que rádio de ondas curtas?

As ondas curtas ainda são eficazes hoje em dia?

A resposta é "SIM"! Ainda existem milhões de ouvintes de ondas curtas em vários países ao redor do mundo, e em algumas áreas, estes ouvintes de ondas curtas parecem estar aumentando no século XXI.

Uma recente pesquisa feita na Nigéria mostrou que em um período de 10 anos, a porcentagem de ouvintes que utilizam ondas curtas quase dobrou! Até no Estados Unidos, ouvintes que usam rádio de ondas curtas dobraram entre 1990 e 1994. Existem muitas regiões no mundo onde mais da metade das casas dispõe de um aparelho de rádio de ondas curtas.

Ondas curtas é o meio mais econômico de atingir o mundo por meio do rádio. Cobre uma grande área, e com o despertar da era digital das ondas curtas, a qualidade irá aumentar formidavelmente. As ondas curtas são o único meio que não tem restrição pelas leias aos países receptores.

Outros métodos de transmissão (especialmente AM e FM local) precisam de permissão dos países onde operam, o que muitas vezes é impossível. Isto acontece por que o rádio de ondas curtas ainda é muito popular em países que tem meios de comunicação restritos e controlados. Ás vezes o rádio de ondas curtas é a única fonte de se encontrar informações imparciais que as pessoas acharão na hora de sintonizar o rádio.

FATO OU FICÇÃO?

Na França, Hungria, Nigéria, Uganda, Jordânia, Marrocos e muitos outros países mais de 75% das casas possuem um rádio de ondas curtas.

Mais de 7.5 milhões de pessoas nos Estados Unidos escutam ondas curtas hoje em dia.

A tecnologia digital irá aumentar incrivelmente a qualidade das ondas curtas e irá manter sua grade cobertura.

 PERFIL GERAL DOS OUVINTES DE ONDAS CURTAS

O QUE SÃO ONDAS CURTAS E PARA QUE SERVE?

Uma das vantagens das ondas curtas é que elas alcançam milhares de quilômetros. Um transmissor manda o sinal do rádio para fora. O sinal sai da superfície da Terra, faz uma refração ( bate e volta ) na ionosfera, e então repete o processo. Isto pode acontecer muitas vezes, fazendo com que este sinal viaje enormes distâncias ao redor do mundo. Algumas condições geográficas ou climáticas podem ajudar ou interferir no processo.

COMO AS ONDAS CURTAS DIFEREM DA AM/FM?

A transmissão AM (ondas médias), seguem a curvatura da Terra mas elas são rapidamente absorvidas, limitando a distância da transmissão. Os sinais FM só podem ser recebidos se o receptor dispor de uma antena. A qualidade desses sinais soa muito bons, mas a distância alcançada é extremamente limitada.

As transmissões de ondas curtas não tem a mesma qualidade de som que as de AM/FM, porém, a área coberta pelas ondas curtas é bem maior. Uma nova tecnologia, as "ondas curtas digital", tem o potencial de melhorar a qualidade do som com a grande área coberta dos rádios de ondas curtas de hoje em dia.

QUEM ESTÁ ESCUTANDO?

Existem duas grandes categorias de ouvintes de ondas curtas. Um grupo é aquele das pessoas que vivem em países em que o governo restringe o rádio, oferecendo apenas um ponto de vista. Este grupo (50-80% da população) possui um rádio de ondas curtas, que traz programas que oferecem uma perspectiva melhor.

O segundo grupo é de pessoas individuais de países onde existe uma maior variedade de meios de comunicação e de programas mas que tem um interesse internacional. Este grupo é uma pequena mas importante parte da população. Eles tem a tendência de ser "as pessoas que decidem" nos seus países e são melhor educados.

 "Satélites falham. A Internet pode ser parada. Ondas curtas, é hoje o único meio em que você pode mandar uma mensagem e Ter certeza que ninguém poderá censurá-la, e nem poderá pará-la."

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